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segunda-feira, 14 de março de 2011

A Guerra do Ópio

A China, maior potência da Ásia, começou a sofrer ameaças a partir do momento em que os ingleses avançaram no território asiático.
Por volta de 1820, os comerciantes britânicos passaram a obter enormes lucros com a venda de ópio para a China. A droga, que provoca forte dependência física e psíquica, era trazida das plantações inglesas na Índia. Embora o ópio fosse proibido na China, os traficantes ingleses vendiam naquele país quantidades cada vez maiores dessa substância.
O ópio afetava a saúde da população chinesa, muitas pessoas perdiam tudo o que tinham para poder comprar a droga. Lin Zexu, braço direito do imperador Daoguang, da dinastia Mandchu, escreveu uma carta à rainha Vitória da Inglaterra implorando-lhe que não permitisse um comércio tão prejudicial ao povo chinês. A rainha nada respondeu.
Os chineses resolveram agir: confiscaram e lançaram ao mar quase 1400 toneladas de ópio bruto, trazidas por navios ingleses até o porto de Cantão. A resposta britânica foi a guerra. Alegando prejuízos à propriedade privada, o governo da rainha Vitória mandou bombardear várias cidades chinesas. Foi a Guerra do Ópio (1839-1842), que terminou com a vitória dos ingleses.
Com sua superioridade naval, a Inglaterra penetrou no continente e pôs fim à guerra. Pelo Tratado de Nanquim, em 1842, a Inglaterra, além de receber indenização, ocupou Hong Kong e adquiriu o direito de fazer comércio no Cantão, em Changai e mais três portos.
Depois da Guerra do Ópio, a China foi invadida pela França e pelo Japão, que também obtiveram portos comerciais, estendidos, mais tarde, para a Rússia, Itália, Alemanha e Estados Unidos. Os impostos chineses aumentaram, a riqueza acumulou nas mãos de poucos, a corrupção da classe dominante cresceu, as terras de cultivo foram abandonadas e seus camponeses migraram para as cidades, onde ficaram marginalizados.

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