Para quem quer compreender a História do Homem, discutir os fatos que transformaram sociedades, que mudaram mentalidades e que lhe fará capaz de modificar muita coisa, esse é o seu lugar. Enfrente esse desafio.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

DITADURA MILITAR NO BRASIL

Ditadura militar no Brasil (resumo)

Período:

 de 31 de março de 1964 (Golpe Militar que derrubou João Goulart) a 15 de janeiro de 1985 (eleição de Tancredo Neves).

Fatores que influenciaram (contexto histórico antes do golpe) 

- Instabilidade política durante o governo de João Goulart;- Ocorrências de greves e manifestações políticas e sociais;
- Alto custo de vida enfrentado pela população;
- Promessa de João Goulart em fazer a Reforma de Base (mudanças radicais na agricultura, economia e educação);
- Medo da classe média de que o socialismo fosse implantado no Brasil;
- apoio da Igreja Católica, setores conservadores, classe média e até dos Estados Unidos aos militares brasileiros;

Principais características do regime militar no Brasil

- Cassação de direitos políticos de opositores;
- Repressão aos movimentos sociais e manifestações de oposição;
- Censura aos meios de comunicação;- Censura aos artistas (músicos, atores, artistas plásticos);
- Aproximação dos Estados Unidos;- Controle dos sindicatos;
- Implantação do bipartidarismo: ARENA (governo) e MDB (oposição controlada);
- Enfrentamento militar dos movimentos de guerrilha contrários ao regime militar;
- Uso de métodos violentos, inclusive tortura, contra os opositores ao regime;
- “Milagre econômico”: forte crescimento da economia (entre 1969 a 1973) com altos investimentos em infraestrutura. Aumento da dívida externa.

Abertura Política e transição para a democracia:

- Teve início no governo Ernesto Geisel e continuou no de Figueiredo;
- Abertura lenda, gradual e segura, conforme prometido por Geisel;
- Significativa vitória do MDB nas eleições parlamentares de 1974;- Fim do AI-5 e restauração do habeas-corpus em 1978;- Em 1979 volta o sistema pluripartidário;
- Em 1984 ocorreu o Movimento das “Diretas Já”. Porém, a eleição ocorre de forma indireta com a eleição de Tancredo Neves.
- lista de 10 filmes sobre o Regime Militar no Brasil - acesse o link: http://listasde10.blogspot.com/2010/04/10-filmes-sobre-ditadura-militar.html

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

10 DOS MAIS BIZARROS AVIÕES EXPERIMENTAIS DA GUERRA FRIA


Conheça 10 dos mais bizarros projetos de aviões que foram desenvolvidos pelas potências mundias das épocas em que o mundo vivia a Guerra Fria.
PUBLICADO EM 01/06/2011 23:15 ATUALIZADO EM 01/06/2011 23:16
·         Bizarro
No final da Segunda Guerra Mundial, o mundo entrou se dividiu em lado capitalista e socialista, com duas superpotências, os EUA ea URSS, que ferozmente competiam pela supremacia. Parte dessa corrida armamentista tecnológica foi a necessidade de desenvolvimento de aeronaves cada vez mais sofisticadas. Aqui estão 10 exemplos surpreendentes de projetos da Guerra Fria que nunca chegaram a ser suficientemente sofisticadas a ponto de serem utilizadas nos dias atuais.
RYAN X13A-RY VERTIJET
Este avião foi uma rara tentativa experimental dos EUA em aeronaves VTOL nos anos 50. O projeto teve como objetivo mostrar que um jato não só podia decolar na vertical. O primeiro protótipo, em seguida, teve o trem de pouso substituído com um guindaste que o segurava a uma atitude satisfatória no terreno de decolagem. Em 11 de abril de 1957, o segundo protótipo fez uma decolagem vertical com sucesso, executou perfeitamente a transição para o vôo horizontal e fez a volta para a aterrisagem, mas a Força Aérea decidiu não continuar com seu desenvolvimento.
CONVAIR XF-92
Este foi o primeiro aviao americano com asas em forma de delta. Foi simplesmente um modelo experimental para a época, com fraca potência, mas poderiamos considerar que esse foi o bizavô dos caças a jato atuais.
CONVAIR XFY-1 FIGHTER
Este avião foi uma experiência com asa delta e hélices. Concebido para ser um verdadeiro guerreiro de alto desempenho, capaz de funcionar a partir de pequenos navios de guerra, era muito difícil de pilotar, já que o piloto tinah que olhar por cima do ombro enquanto acelerava o avião. Com o passar do tempo falhas e problemas técnicos foram encontrados no projeto, que foi abandonado e nunca mais voltou a ser repensado. Que pena não!
CONVAIR YB-60 BOMBER
Fazendo seu vôo inaugural em 18 abril de 1952, pilotado por Beryl Erickson, este avião chegou poucos dias antes do famoso bombardeiro B-52. O YB-60 infelizmente era 100 mph mais lento do que os outros protótipos da époco e tinha problemas de manuseio severo, embora poderia transportar uma carga maior de bombas, ainda assim tinha muitas falhas. O programa de testes de vôo foi abandonado em 20 janeiro de 1953 com um total de apenas 66 horas de vôo. O segundo protótipo nunca foi concluído.
DOUGLAS X-3 FIGHTER
O X-3 Stiletto até possui um maravilhoso formato. Ele foi desenvolvido pela Cia Douglas Aircrafts dos USA nos anos 50. A ambição inicial era desenvolver uma aeronave capaz de gerenciar facilmente um voo supersonico. Ela também foi uma das primeiras aeronaves a utilizar titânio em seus componentes. .
CONVAIR F-2Y

O dardo dos mares
Este projeto foi o resultado de uma concorrência em 1948 da Marinha dos EUA para um avião interceptador supersônico. Em novembro de 1954, o protótipo se desintegrou no ar durante uma manifestação da Marinha para a imprensa, matando o piloto de testes.
GOODYEAR INFLOPLANE
Inflatoplane Goodyear era um avião experimental desenvolvido pela empresa Goodyear, em 1956.Apesar de ser uma aeronave capaz de ter seu projeto em andamento, este foi interrompido depois que o exército foi incapaz de encontrar um uso válido para a aeronave.
VOUGHT V-173 - PANQUECA VOADORA
A forma realmente louca da Vought V-173 que levava o apelido de panqueca voadora, foi desenhado por Zimmerman e construído como uma aeronave de testes experimental, como parte do programa de aviões de combate "Flying Flapjack" WWII. Dois foram feitas, e ambos com o estranho design de panqueca, ou para aquele que queiram, pode ser um formato de disco voador.A idéia foi arquivada em 1947, sem surpresa, porque ninguém conseguiria fazê-lo voar corretamente.
NORTHROP XB-35
O Exército e Força Aérea dos EUA contratou um novo fabricante de aeronaves, chamado Northrop, por volta do ano 1941, afim de desenvolver uma asa voadora que pudesseter uma autonomia de voo de cerca de 8.000 milhas, capaz de transportar 10.000 £ , o peso das bombas, voando no mínimo a 250 mph. O primeiro vôo do XB-35 ocorreu em 25 de junho de 1946, e durou 45 minutos. Em 1947, a Northrop completou dois protótipos dos jatos, mas após testes insatisfatórios em agosto de 1949, o programa foi cancelado e os YB-35 nunca chegaram a voar.
XF103-F2 THUNDERWARRIOR FIGHTER

O Thunderwarrior foi desenvolvido no início da Guerra Fria, e considerado um interceptador de alta velocidade. Ele nunca passou da fase de projetos.

domingo, 30 de outubro de 2011

A GUERRA FRIA

Faz apenas vinte anos e ninguém mais lembra dela. Muitos jovens nem ouviram falar, no entanto ela dominou as relações internacionais e estava no centro das preocupações dos formuladores de políticas: A GUERRA FRIA, onde as duas super-potências mundiais – Estados Unidos e União Soviética – e seus aliados, faziam da espionagem o elemento fundamental de Defesa Nacional para evitar a grande hecatombe nuclear, ou a vitória de seus adversários. Era a guerra surda entre os dois sistemas: CAPITALISMO e COMUNISMO.

Introdução
A Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial pois os Estados Unidos e a União Soviética vão disputar a hegemonia política, econômica e
militar no mundo.
A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos.
A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coréia e no Vietnã.



Paz Armada 

Na verdade, uma expressão explica muito bem este período: a existência da Paz Armada. As duas potências envolveram-se numa corrida armamentista, espalhando exércitos e armamentos em seus territórios e nos países aliados. Enquanto houvesse um equilíbrio bélico entre as duas potências, a paz estaria garantida, pois haveria o medo do ataque inimigo. 
Nesta época, formaram-se dois blocos militares, cujo objetivo era defender os interesses militares dos países membros. A OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (surgiu em abril de 1949) era liderada pelos Estados Unidos e tinha suas bases nos países membros, principalmente na Europa Ocidental. O Pacto de Varsóvia era comandado pela União Soviética e defendia militarmente os países socialistas.

Alguns países membros da OTAN : Estados Unidos, Canadá, Itália, Inglaterra, Alemanha Ocidental, França, Suécia, Espanha, BélgicaHolanda,

Dinamarca, Áustria e Grécia.


Alguns países membros do Pacto de Varsóvia : 

URSS, Cuba, ChinaCoréia do NorteRomênia, Alemanha Oriental, Albânia, Tchecoslováquia e Polônia.

Corrida Espacial
EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que se refere aos avanços espaciais. Ambos corriam para tentar atingir objetivos significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia uma certa disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar para o mundo qual era o sistema mais avançado. No ano de 1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um cão dentro, o primeiro ser vivo a ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, o mundo todo pôde acompanhar pela televisão a chegada do homem a lua, com a missão espacial norte-americana.

Caça às Bruxas
Os EUA liderou uma forte política de combate ao comunismo em seu território e no mundo. Usando o cinema, a televisão, os jornais, as propagandas e até mesmo as histórias em quadrinhos, divulgou uma campanha valorizando o "american way of life". Vários cidadãos americanos foram presos ou marginalizados por defenderem ideias próximas ao socialismo. O Macartismo, comandado pelo senador republicano Joseph McCarthy, perseguiu muitas pessoas nos EUA. Essa ideologia também chegava aos países aliados dos EUA, como uma forma de identificar o socialismo com tudo que havia de ruim no planeta.
Na URSS não foi diferente, já que o Partido Comunista e seus integrantes perseguiam, prendiam e até matavam todos aqueles que não seguiam as regras estabelecidas pelo governo. Sair destes países, por exemplo, era praticamente impossível. Um sistema de investigação e espionagem foi muito usado de ambos os lados. Enquanto a espionagem norte-americana cabia aos integrantes da CIA, os funcionários da KGB faziam os serviços secretos soviéticos.


"Cortina de Ferro"
Após a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em duas áreas de ocupação entre os países vencedores. A República Democrática da Alemanha, com capital em Berlim, ficou sendo zona de influência soviética e, portanto, socialista. A República Federal da Alemanha, com capital em Bonn (parte capitalista), ficou sob a influência dos países capitalistas. A cidade de Berlim foi dividida entre as quatro forças que venceram a guerra : URSS, EUA,França e Inglaterra. No final da década de 1940 é levantado Muro de Berlim, para dividir a cidade em duas partes : uma capitalista e outra socialista. É a vergonhosa "cortina de ferro". Plano Marshall e COMECON
As duas potências desenvolveram planos para desenvolver economicamente os países membros. No final da década de 1940, os EUA colocaram em prática o Plano Marshall, oferecendo ajuda econômica, principalmente através de empréstimos, para reconstruir os países capitalistas afetados pela Segunda Guerra Mundial. Já o COMECON foi criado pela URSS em 1949 com o objetivo de garantir auxílio mútuo entre os países socialistas.

Envolvimentos Indiretos
Guerra da Coréia : Entre os anos de 1951 e 1953 a Coréia foi palco de um conflito armado de grandes proporções. Após a Revolução Maoista ocorrida na China, a Coréia sofre pressões para adotar o sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coréia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coréia no paralelo 38. A Coréia do Norte ficou sob influência soviética e com um sistema socialista, enquanto a Coréia do Sul manteve o sistema capitalista.
Guerra do Vietnã: Este conflito ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta dos EUA e URSS. Os soldados norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico, tiveram dificuldades em enfrentar os soldados vietcongues (apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais do país. Milhares de pessoas, entre civis e militares morreram nos combates. Os EUA saíram derrotados e tiveram que abandonar o território vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnã passou a ser socialista. 

Fim da Guerra Fria
A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as duas Alemanhas são reunificadas. No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas.




sábado, 1 de outubro de 2011

Resumo - A descolonização da África e da Ásia


A descolonização afro-asiática não foi um processo homogêneo, ocorrendo de duas maneiras: a pacífica e a violenta.
No caso da via pacífica, a independência da colônia era realizada progressivamente pela metrópole, com a concessão da autonomia político-administrativa, mantendo-se o controle econômico do novo país, criando, dessa forma, um novo tipo de dependência.
As independências que ocorreram pela via da violência resultaram da intransigência das metrópoles em conceder a autonomia às colônias. Surgiam as lutas de emancipação, geralmente vinculadas ao socialismo, que levaram a cabo as independências.  






Com o advento do capitalismo comercial, na Era Moderna, a América tornou-se a área onde a exploração colonial foi mais intensa. Mas nem por isso os europeus abandonaram as relações comerciais e o domínio político sobre  a Ásia.
Na segunda metade do século XIX, em razão das necessidades de mercado geradas pela segunda Revolução Industrial e em face das independências das colônias americanas, a Europa volta-se novamente à Ásia, impondo o neocolonialismo.
As disputas entre as potências européias pelos territórios afro-asiáticos desencadearam a  Primeira Guerra Mundial. A Europa saiu enfraquecida da guerra, perdendo sua hegemonia para os Estados Unidos.
A crise do pós-Primeira Guerra na Europa foi acentuada ainda mais pela crise de 1929, que repercutiu nas áreas coloniais com o agravamento das condições de vida dos colonos, que iniciaram greves e revoltas contra as metrópoles européias. Esses movimentos coloniais foram contidos à força, mas acabaram resultando no nascimento de um forte sentimento nacionalista que se traduzia no desejo de independência.
Após a Segunda Guerra Mundial, a Europa declinou completamente, sendo dividida em áreas de influência entre EUA e URSS. O enfraquecimento da Europa significou o fortalecimento do nacionalismo e o crescimento do desejo de independência. Desejo esse que passou a se apoiar na Carta da ONU, que reconhecia o direito à autodeterminação dos povos colonizados e que fora assinada pelos países europeus (os colonizadores).
Em 1955, vinte e nove países recém-independentes reuniram-se na Conferência de Bandung, capital da Indonésia, estabelecendo seu apoio à luta contra o colonialismo. A Conferência de Bandung estimulou as lutas por independência na Ásia.


Os Dez Princípios da Conferência de Bandung



1.Respeito aos direitos fundamentais, de acordo com a Carta da ONU.
2.Respeito à soberania e integridade territorial de todas as nações.
3.Reconhecimento da igualdade de todas as raças e nações, grandes e pequenas.
4.Não-intervenção e não-ingerência nos assuntos internos de outro país (Autodeterminação dos povos).
5.Respeito pelo direito de cada nação defender-se, individual e coletivamente, de acordo com a Carta da ONU.
6.Recusa na participação dos preparativos da defesa coletiva destinada a servir aos interesses particulares das superpotências.
7.Abstenção de todo ato ou ameaça de agressão, ou do emprego da força, contra a integridade territorial ou a independência política de outro país.
8.Solução de todos os conflitos internacionais por meios pacíficos (negociações e conciliações, arbitragens por tribunais internacionais), de acordo com a Carta da ONU.
9.Estímulo aos interesses mútuos de cooperação. Respeito pela justiça e obrigações internacionais.
10.Respeito pela justiça e obrigações internacionais.

Terminada a Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos e União Soviética passaram a liderar os dois grandes blocos, capitalista e comunista. Dentro do contexto da Guerra Fria, buscaram a expansão de suas áreas de influência. Nesse sentido, passam a ver nos movimentos de independência afro-asiática a possibilidade de ampliar sua influência política nas novas nações.
Na descolonização da África algumas coisas mudaram e outras permaneceram:


Independência da Índia

A resistência dos indianos contra o domínio inglês era antiga, Mas depois da Primeira Guerra Mundial essas lutas ganharam fôlego e direção. Durante essa guerra, a Inglaterra pediu à Índia matérias-primas e soldados e, em troca, prometeu maior autonomia administrativa aos hindus. Os hindus aceitaram e cumpriram sua parte; a Coroa Britânica não.
A decepção com os ingleses, o desemprego nas cidades e a existência de milhões de camponeses sem terra facilitaram a penetração das ideias de Gandhi, o principal líder da luta pela independência na Índia.
Para combater a dominação britânica, Gandhi propunha a resistência pacífica por meio de uma solução original: a desobediência civil. Ou seja, recomendava aos indianos que não pagassem impostos e não comprassem produtos ingleses e também desobedecessem às leis que os discriminavam dentro de sua própria terra. O objetivo era não cooperar com os colonizadores, isolando-os e enfraquecendo-os.
O principal partido de oposição ao domínio inglês na Índia era o Partido do Congresso, fundado no final do século XIX e liderado por Gandhi e Nehru. Os muçulmanos (24% da população da Índia na época) eram liderados por Mohammed Ali Jinnah. Esses três líderes defendiam a não-colaboração com o colonizador inglês.
Quando a Segunda Guerra Mundial explodiu, os indianos negaram-se a participar dela. Com o fim da guerra aumentaram os movimentos populares pela independência. Agravou-se também o conflito entre hindus e muçulmanos, que propunham a formação de um Estado separado da Índia.
Pressionado pelos indianos e desgastado pelo conflito contra o nazismo, o governo inglês reconheceu a independência da região. Pela Lei da Independência, aprovada em 15 de agosto de 1947, o território da Índia ficava dividido em dois países: República da Índia, de maioria hindu, e República do Paquistão (Oriental e Ocidental), de maioria muçulmana. Em 1971, o Paquistão Oriental constituiu um país separado, Bangladesh.
Mapa da descolonização da colônia inglesa.


Formaram-se três países: Índia, Paquistão e Bangladesh.
Obs.:É importante destacar que embora Gandhi pregasse a não-violência, a Inglaterra reagiu violentamente, havendo, portanto, mortes e brutalidade.


Independência da Indochina


A região da Indochina (Vietnã, Camboja e Laos), era controlada pela França desde 1859 sob administração de Napoleão III. Já no século XX, mais precisamente em 1939, é organizado o Vietminh, liderado por Ho Chi Minh, utilizava táticas de guerrilha visando a independência do primeiro país aqui citado, lutando primeiramente contra os japoneses, invasores do local no contexto da Segunda Guerra Mundial.


Após um dos conflitos bélicos mais conhecidos da história, grande parte da Indochina volta a ser controlada pela França. Entretanto, no pedaço norte do Vietnã, é organizado em setembro de 1945 a República Democrática com o governo apresentando-se como socialista. Os europeus não reconheceram a nascente administração e tinham planos de recolonizar o local. Assim, tudo levava a crer que uma nova guerra na região estava por acontecer.


Conhecida como Guerra da Indochina, os franceses foram humilhantemente derrotados por tropas locais lideradas pelo general Nguyen Giap, nas batalhas que duraram de 1946 até 1954. Com isso, na Conferência de Genebra, os europeus perdedores tiveram de reconhecer a independência do Vietnã, Laos e Camboja.

Uma nova guerra



Após a vitória diante aos franceses foi organizado no Vietnã dois governos: o norte, marxista, comandado por Ho Chi Minh; e o sul, monarquia pró-ocidental, controlada por Bao Daí. Contudo, logo em seguida o imperador foi afastado, sendo também proclamada a República no local.


De acordo com a Conferência de Genebra, haveria uma eleição, em que a população decidiria sobre a unificação do Vietnã ou não. E em pesquisas realizadas no sul, davam Ho Chi Minh, governante do norte, como vitorioso, obtendo grande aceitação em ambas as regiões. Apoiado pelos estadunidenses, Ngo Dinh Diem, cancelou as eleições e organizou uma verdadeira ditadura militar contrária a junção.


Já no ano de 1960, é criado no sul a Frente de Libertação Nacional (FLN) – mais conhecidos como Vietcongues . Nesse momento, os norte-americanos estavam envolvidos nos conflitos, e na gestão do presidente John Kennedy são enviados ao local cerca de 10 mil homens, com o discurso de que os guerrilheiros recebiam auxílio bélico e financeiro dos nortistas. No governo de Lyndon Johnson, Washington intensifica o envio de tropas para o combate.


Com a guerra, a população civil local foi a principal afetada. Verdadeiros massacres ocorreram em aldeias sul-vietnamitas, matando principalmente mulheres e crianças. O lançamento de bombas de Napalm e desfolhantes químicos também foram armas utilizadas pelos estadunidenses, que nos noticiários de TV da época eram mostrados suas sucessivas derrotas, gerando descontentamento e manifestações contrárias ao conflito, que buscavam o retorno dos soldados aos Estados Unidos.


Por fim, apesar do alto grau do poderio bélico, os norte-americanos retiraram-se aos poucos da guerra sem alcançar a vitória. O Acordo de Paris, organizado e datado de 1973, pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, Henry Kissinger e por Le Duc Tho, representante do Vietnã do norte, colaborou para o fim das batalhas. Em 1975 os Vietcongues tomaram Saigon, que no ano seguinte passou a se chamar Ho Chi Minh, reunificando o país com o nome de República Socialista do Vietnã, com capital em Hanói.

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